Hoje acordei pensativa e mais
introspectiva do que nunca. Momentos do passado vieram à tona junto com as
músicas mais nostálgicas da playlist do meu celular.
Em meio a tantos pensamentos, me recordei de uma situação específica em que
conversava com a minha cabeleireira em um dos nossos encontros, sempre tão produtivos
e cheios de amor, porque além de uma profissional excelente, ela é uma amiga
maravilhosa! Eu sempre saio de lá com o cabelo lindo e a alma leve.
Pois bem, um dia conversando com ela, ela me disse a seguinte coisa: “A minha
mãe quando era viva sempre dizia que chega um determinado momento da vida em
que você não pede mais uma vida boa, bens materiais, sucesso. Você passa a
pedir paz. E é a mais pura verdade, você pode ter tudo, mas se não tiver paz,
você não tem nada. Não desfruta de nada e hoje eu estou nesta fase, eu só quero
paz.”
Ouvi aquilo atentamente, concordei porque para mim também fez um super sentido,
mas eu nunca tinha de fato experimentado isso na prática, então para mim “ok”.
Eis que a vida nos surpreende com situações que jamais iríamos imaginar passar
e, como já escrito no post
Só Precisava Escrever, o mar revolto se instalou e
ficou por determinado período nessa que vos fala, ou melhor, que vos escreve. E
foi exatamente neste momento, neste ponto que eu entendi o que era ter paz,
qual era a importância da paz, de se sentir calmo, tranquilo. Hoje sim eu posso
falar com propriedade, realmente, não há nada igual!
Lembrei também de outra situação em que me disseram: “Você precisa se organizar,
fazer uma faxina interior, mas eu já posso te adiantar que você vai ficar bem,
você vai ficar muito bem.” Confesso que naquele momento ouvi aquilo e só conseguia
desejar que esse momento chegasse logo. Pedi tanto, desejei tanto e ele
finalmente chegou.
Me organizei, espiritualizei, cedi, aprendi, chorei, sorri, vivi, voltei a ser
eu .. Eu consegui! E não troco a minha paz por nada e digo a quem quiser chegar
e me acompanhar: “Seja bem-vindo, mas que seja para somar, se for para perturbar
não precisa nem se aconchegar.”
“Maturidade é saber se afastar de
pessoas e situações que ameaçam tirar a nossa paz de espírito, saúde mental, autorrespeito, valores ou moral.”